Só Boas Novas foi uma novidade que eu esperava e nem sabia. Conheci através de um evento chamado Fator 40, onde a arte e a criatividade foram incentivadas para a construção o Reino, ele foi a preparação pra o que viria a seguir. No evento em si eu não me envolvi com o Ministério mas logo fui chamada a participar dele através da rádio. Eu ainda não conhecia a ideologia, só fui pra trabalhar mesmo. Não demorou muito pra que eu começasse a mudar…
Cresci em um lar adventista muito estruturado, sou grata por isso. Também cresci na igreja e estudei do pré ao terceiro ano num único colégio adventista. Pode perceber que não me era comum a mudança de ambiente, até que comecei a precisar me deslocar pro outro lado de São Paulo.
Conheci muita gente, diferentes formas de pensar e, juntamente com tudo isso, recebi um grande incentivo à arte. Foi assim que comecei a sair de um cápsula que me impedia de ter contato com o mundo real, com o Deus real. Não por causa de pessoas, mas por causa de costumes, de pensamentos prontos, que eu não questionava e não me faziam questionar.
Na Só Boas Novas minha arte teve valor e apoio. Arte essa que eu nem imaginava que poderia desenvolver. Músicas e poemas começaram a ter atenção e até pinturas e monólogos passei a arriscar. As propostas com um tom de “eu acredito em você” me lançaram a experiências com Deus através da criatividade. No mundo de hoje, a arte e a criatividade andam juntas e ambas exigem reflexão e conhecimento, por isso a SBN foi uma das importantes influências para a decisão do meu curso na faculdade. E isso também foi só o começo de uma história de mudanças.
Recentemente, agora meses depois do meu envolvimento voluntário e irresistível no Ministério, precisei deixar de frequentar a Home Church (pessoas reunidas pra louvar a Deus e aprender dEle de forma jovem e prática) por conta dos estudos, mas eu já havia me comprometido com um plano de discipulado. Quando me inscrevi no plano eu não acreditei que conseguiria constância, mas quis, decidi que faria e Deus fez o resto. Tem sido impressionante como os assuntos do primeiro livro do discipulado tem encontrado relevância na minha vida, parece estar sincronizado com os acontecimentos dela até quando eu atraso a leitura. Como costumo dizer, tem resolvido vários problemas na minha cabeça, colocado cada a coisa em seu lugar.
Deus tem formas peculiares de trabalhar conosco… Às vezes eu fico sem entender qual a intenção de seus caminhos, onde é que vai dar, mas aprendi que minha mente não consegue alcançar a grandeza de seus planos. Eu jamais poderia pensar o que aconteceria comigo ao participar da SBN.
Não posso terminar essa história sem dizer o que mais importa nisso tudo: pessoas. Elas se relacionaram comigo e isso fez toda a diferença. Valorizaram quem sou e me sinto em casa quando estou com eles. Claro que com todos os defeitos e qualidades, claro que com todos os erros e acertos, mas há desejo sincero por conhecer a Cristo e permitir que outros conheçam, que desenvolvam seu potencial máximo de servo. Sou muito agradecida por ter encontrado vocês e como tudo aconteceu. À liderança, muita gratidão, não seria assim sem vocês.
Finalmente, eu entendi que sou ruim, que sou cega e que todos somos. Entendi também que apesar disso eu posso ser aceita. Entendi que o meu valor não está no que as pessoas dizem, mas no que sou em Cristo e isso, ser discípula, me faz feliz, em paz a despeito das adversidades. Percebi que ainda tenho muito a aprender, a crescer e a experimentar. Paralelamente ao Ministério Deus também tem me dado meios de O conhecer verdadeiramente e sei que tudo isso faz parte de uma causa muito maior que eu, por isso digo: isso é só o começo.
– Carolina Prado
