MEU MENINO INTERIOR
Interessante como o crescimento nos afasta do melhor de nós mesmos. Quando crescemos nos transvestimos de falsos padrões de perfeição, escolhemos parecer bom e não ser bom, preferindo as aparências à realidade. Enterramos o menino.
É incrível ver que as crianças expressam de modo espontâneo as suas emoções enquanto os adultos tomam cuidado para reprimi-las. Elas sempre caem, porém são pequenas demais para causarem grandes danos a si.
Enquanto nos consumimos na ansiedade pelo amanhã, o Mestre nos diz para não ficarmos ansiosos e buscarmos o Reino dos céus em primeiro lugar. O Reino que só pode ser conquistado quando nos tornamos como uma criança.
Nós, adultos, estamos sempre com o coração fechado para as ideias novas, os compromissos não lucrativos, as surpresas do Espírito e as oportunidades arriscadas do crescimento. É que perdemos as qualidades do menino: franqueza, dependência com confiança, capacidade de se divertir, simplicidade e sensibilidade em relação aos sentimentos.
É necessário desenterrar o menino.
O menino interior não é um fim em si, mas uma passagem em direção ao Deus que quer habitar em nós, um mergulho para experimentar o Reino dos céus agora.
Estou orando pelo meu e o seu menino interior.
– Jonas de Souza Netto