Deus tem um plano para nós, é um plano de paz, que foi preparado antes de ser sermos concebidos (Efésios 2:10 e Provérbios 29:11). Esta descoberta mudará sua vida, por que o Plano de Deus vai te levar à processos e os processos te levarão às mudanças.
Os processos são provocações de Deus para que você veja o que Ele quer de você.
“Pela fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis.” (Hebreus 11:3)
A Fé nos mostrará o invisível.
“A fé mostra a realidade daquilo que esperamos; ela nos dá convicção de coisas que não vemos.” (Hebreus 11:1)
“Não procuramos as coisas visíveis, mas as invisíveis; porque as coisas visíveis duram apenas um momento, enquanto as invisíveis duram para sempre.” (2 Coríntios 4:18)
Enquanto Deus estiver tentando arrancar de você as coisas que estão te impedindo de avançar, o inimigo te dará coisas para você se apegar e não avançar.
Se Deus está te tirando coisas, deixa elas irem. Aprenda que elas não fazer mais parte do processo atual que Ele tem para você.
Deus vai te dar novas coisas e o que Deus te der ninguém poderá tirar de você.
O apóstolo Pedro e Centurião Cornélio foram 2 pessoas que Deus provocou para se moverem dentro do Plano dEle. Deus os levou à 2 processos e podemos aprender muito com isto.
Os primeiros anos da jornada dos discípulos, após a ascensão de Jesus, foram muito intensos. No ano 33dC, aconteceu o Pentecostes. Comissionados e cheios do Espírito, eles partem pregando e realizando milagres, sob forte perseguição.
O ponto alto da perseguição foi a morte de Estevão, no ano 36. Mas, a conversão de Paulo, no ano 45, trouxe um novo impulso para Evangelho.
Por volta do ano 46 é fundada, por Paulo e Barnabé, a emblemática Igreja de Antioquia. Ela não era apenas a 1ª. Igreja era missionária e, foi lá nome que os discípulos foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
A aceitação da conversão de Paulo, um ex-perseguidor de cristãos, e a ideia de que o evangelho era para todas pessoas, inclusive os gentios, era um desafio para eles, especialmente para Pedro.
“Quando chegou a Jerusalém, tentou reunir-se aos discípulos, mas todos estavam com medo dele, não acreditando que fosse realmente um discípulo.” (Atos 9:26)
Por volta do ano 47, “Pedro ficou em Jope durante algum tempo, com um curtidor de couro chamado Simão.” (Atos 9:43)
É neste cenário que ocorre o encontro de Pedro e Cornélio, narrado em Atos capítulo 10.
[v1] “E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana,”
CESÁREIA era uma Cidade grega tomada por Herodes que a batizou de CESARÉIA, em honra à Augusto Cesar. Lá havia um Quartel General e Cornélio era um Centurião que cuidava de uma legião de cerca de 100 homens.
[v2-4] “Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus.
Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio.
O qual, fixando os olhos nele, e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus;”
Cornélio era um homem grato, o Senhor viu isto. E a gratidão o levou ao próximo passo.
[v5-8] “Agora, pois, envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro.
Este está hospedado com um certo Simão curtidor, que tem a sua casa junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer.
E, retirando-se o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus criados, e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço.
E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope.”
Cornélio precisava se mover para um novo processo.
[v9-15] “E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.
E tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos,
E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra.
No qual havia de todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu.
E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come.
Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda.
E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.”
Pedro, também, precisava se mover para um novo processo.
[v16] “E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu.”
Pedro era o cara das 3 vezes:
– 3 vezes repreendido (igreja, santa ceia, prisão),
– Negou 3 vezes,
– “Tu me amas” 3 vezes.
– E o número 3 é muito importante e emblemático no texto sagrado e na criação de Deus: 3 mensagens angélicas, 3 filhos de Noé, cabeça-tronco-membros, 3D, 3 reis magos, etc.
[v17-22] “E estando Pedro duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os homens que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão.
E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali.
E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te buscam.
Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei.
E, descendo Pedro para junto dos homens que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Eis que sou eu a quem procurais; qual é a causa por que estais aqui?
E eles disseram: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras.”
Tanto Cornélio quanto Pedro tinham visões muito claras sobre como fazer e cuidar de discípulos.
[v23-26] “Então, chamando-os para dentro, os recebeu em casa. E no dia seguinte foi Pedro com eles, e foram com ele alguns irmãos de Jope.
E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos.
E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou.
Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.”
Pedro e Cornélio estão dando os passos dentro de um processo que envolvia mudanças.
[v27-29] “E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se haviam ajuntado.
E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.
Por isso, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois, por que razão mandastes chamar-me?”
Pedro está diante do crucial, diante das coisas que ele precisava ser arrancadas da sua visão passada. Os elementos que o impedia de andar no processo que Deus estava estabelecendo para ele.
Quando Pedro chega, Cornélio explica por que o chamou, conforme a orientação do Senhor:
[v30-33] “… E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.”
Pedro e Cornélio estão sendo provocados por Deus para um novo processo, por que no final eles sairiam prontos para o Plano.
[v34-43] “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.
A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos);
Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou;
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,
Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos.
E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.”
Deus nos coloca em processos para nosso crescimento. Os processos testificam, influenciam, nos aperfeiçoam e nos abençoam.
[v44-48] “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.”
Quem é Pedro?! Quem é Cornélio?!
São pessoas como eu e você que precisavam ser aperfeiçoadas através de processos.
Na verdade, tanto Pedro como Cornélio foram provocados pelo Senhor para um processo de crescimento. Pedro tinha conceitos e preconceitos que precisavam ser quebrados e através do processo de Cornélio ele pode aprender e crescer para sua missão. Por outro lado, Cornélio e seu grupo precisavam aprender mais da Palavra e Pedro trouxe lhes o Testemunho de Jesus.
No final, o Espírito Santo desceu sobre eles e os abençoou.
Como você lida com os processos?!
Os processos são provocações de Deus para nosso crescimento e mudanças em nossa vida. Certamente serão desconfortáveis, envolverão deixar de lado coisas antigas, conceitos passados, visões equivocadas para receber novos desafios e a visão clara da vontade dEle. São a oportunidade do desenvolvimento da fé para enxergar as coisas invisíveis de Deus.
Esta história, também, apresenta 2 casas:
– A casa de Simão, o curtidor de couro, que hospedou o apóstolo Pedro.
– A casa de Cornélio que se abria para receber e ensinar pessoas (amigos e parentes) sedentos da Palavra.
Como é a sua casa?! Você recebe pessoas e as discípula?!
Uma casa sacerdotal está sempre aberta para receber pessoas e testemunhar da Palavra.
– Jonas de Souza Netto