Você não me reconhece?!

Sabe quando você encontra alguém que corre para te cumprimentar, mas você não consegue se lembrar… A fisionomia parece familiar… e para piorar a situação ele chega te chamando pelo nome.

Seu cérebro está a mil tentando se lembrar e nada… Que constrangedor, não é?!

Maria, irmã de Lázaro e Marta, conhecia muito bem o Mestre, sabia o que era estar a seus pés ouvindo suas palavras, sabia o que era ser perdoada.

Não existe preço suficiente para pagar pelo perdão de nossos pecados.

Certo dia, ela derramou sua alma a Seus pés e, junto com suas lágrimas, derramou um vaso do caríssimo óleo de Alabastro. Ao ungí-Lo, a fragrância encheu a casa.

Enquanto enxugava Seus pés com seus cabelos, olhares reprovadores assistiam e julgavam com seus corações endurecidos e incapazes de serem atingidos pela graça salvadora do Mestre.

Então, Jesus disse-lhes “Deixe-a em paz. Ela fez isto como preparação para meu sepultamento.” (João 12:1-8)

Pedro havia andado e aprendido com o Mestre da Galiléia por mais de 3 anos. Presenciou seus milagres, experimentou andar sob águas em Sua direção, O reconheceu como “Cristo, o filho de Deus Vivo”, e teve seus pés lavados pelo Mestre na Santa Ceia.

Ninguém, talvez, tenha tido relações tão intensas com Jesus quanto Pedro. Em certa ocasião, Jesus lhe disse: “Não tenha medo; de agora em diante você será pescador de homens”. (Lucas 5:10)

Dois dos seguidores de Jesus caminhavam para o povoado de Emaús, que ficava a onze quilômetros de Jerusalém. Estavam desolados, entristecidos com a morte do Mestre e, no caminho, falavam a respeito de tudo que havia acontecido.

Na realidade, eles não acreditavam nas profecias que o Mestre lhes disse, pessoalmente, sobre Sua morte e ressurreição. Suas mentes estavam obscurecidas. (Lucas 24:13-35)

Tanto Maria, quanto Pedro, quanto os 2 seguidores de Jesus, não apenas conheciam Jesus, mas eram pessoas que viveram experiências próximas e pessoais com Ele.

Porém, após a Sua morte, as suas mentes foram cobertas pelo véu da dúvida e da falta de fé.

Após a sua ressurreição, Jesus aparece para pessoas muito próximas dEle. No entanto, elas não O reconhece.

 

Maria foi ao túmulo no terceiro dia, junto com algumas mulheres, levando especiarias. Viram a pedra afastada e o corpo de Jesus não estava lá.

Maria voltou e avisou os discípulos, que vieram correndo e viram o que o corpo havia sumido. Eles voltaram para casa sem entender o que havia acontecido e ela ficou chorando junto ao túmulo.

Ao sair viu um homem de pé que lhe perguntou: “Mulher, por que está chorando?”, “A quem você procura?”

Ela pensou que era o jardineiro, mas era Jesus. Ela tinha lavado seus pés com perfume há poucos dias, mas não o reconheceu.

Então Ele diz: “Maria!”. O seu coração dispara ao reconhecer a voz do Mestre, ela se volta e grita: “Rabôni!” (em aramaico, que quer dizer “Mestre!”). (João 20:1-18)


Pedro trazia em seu coração muitas dúvidas e pesares por causa de ter negado o Mestre 3 vezes, conforme Ele mesmo profetizara.
Muitas coisas estavam desmoronando em sua mente agora.

Então, ele resolveu voltar a fazer o que fazia no passado e disse aos seus companheiros: “Vou pescar. Nós também vamos, disseram os outros. Assim, entraram no barco e foram, mas não pegaram coisa alguma a noite toda.”
Jesus aparece na praia e pergunta: “Filhos, por acaso vocês têm peixe para comer? Não, responderam eles.”

Eles não o reconheceram.

Jesus diz: “Lancem a rede para o lado direito do barco e pegarão”. E a rede se encheu de peixes.
Aquelas palavras explodiram em suas mentes e o João diz a Pedro: “É o Senhor!”. E Pedro se atira na água e corre em Sua direção. (João 21:1-17)

 

No caminho até Emaús, Jesus pacientemente caminha junto com seus dois discípulos explicando todos os escritos de Moisés e dos profetas, e o que as Escrituras diziam a respeito de Sua morte e ressureição.

E, durante toda a jornada eles não O reconhece. Quando chega à Emaús, eles insistem com Ele: “Fique conosco esta noite, pois já é tarde”. E Jesus foi para casa com eles.

Quando estavam à mesa, Ele tomou o pão e o abençoou. Depois, partiu-o e lhes deu. Aquela cena incendiou suas mentes, eles se lembraram da Ceia com Jesus, seus olhos foram abertos e eles O reconheceram. (Lucas 24:13-35)


Muitas luzes, muitos ruídos, muitas informações equivocadas irão tentar tirar de você a possibilidade de reconhecer Jesus e ouvir a Sua voz.

Tantos rostos e vozes parecidas, que quando você ouvir: “A quem você procura?”, “Vocês tem algo para comer?”, “O que vocês tanto debatem enquanto caminham?”,
talvez, você não consiga reconhecê-Lo.

Talvez Ele grite: “Maria!”, talvez Ele repita “Jogue a rede do lado direito do barco”, talvez Ele te ensine de novo e se sente à mesa com você para partir o pão.

Se você abrir os olhos e O reconhecer certamente Ele te dirá: “Vá e diga sobre mim para seus amigos!”, ou “Venha comer comigo!”, ou “Cuide das minhas ovelhas!”, ou faça arder suas palavras em seu coração.

Então você poderá sair dizendo por aí: “Eu vi o Senhor!”, “É o Senhor!”, “Sim, eu te amo Senhor!”, “É verdade, o Senhor ressuscitou!”.


Enquanto contavam isso, o próprio Jesus apareceu entre eles e lhes disse: “Paz seja com vocês!”. (Lucas 24:36)

 

– Jonas de Souza Netto*

 

(*) Inspirado nos sermões do meu amigo: Pr. Cleber Barros – expansaodafe.com.br

 

 

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