CALADOS E NÚS (II)

A coisa parece que pegou mesmo. É protesto ou o que? Uns dizem que são débeis mentais. Claro! Correr nus por aí, só podem ser doentes da cabeça. A coisa começou pra valer – aqui no Brasil – no Rio Grande do Sul. Não foi um protesto, pois só havia um pelado ou pelada.

sdad

Não me parecia por razões políticas, pois não foi reivindicação explicita. Era para alguns conservadores uma cena obscena. Vejamos o vernáculo: ob – rumo, caenum – sujeira. Algo – puramente – sujo, indecente e ofensivo, que não deveria ser mostrado em público. Essa é a explicação linguística.

Para a população brasileira, o sexo quando exposto – é imoral, é indecente, por motivos culturais, apesar de nossa origem nativa em maioria, como já vimos antes. Aculturados pelos povos Europeus, vindo da península Ibérica, que viam nos como selvagens.

Pero Vaz de caminha informou ao Rei de Portugal que éramos como animais – “andavam sem roupas, completamente nus, são semelhantes a animais irracionais”.

Se observarmos nas festas de carnaval, a nudez permeia os melhores clubes sociais e familiares, nas ruas atropeladas de gentes desnudas, e daí? Nada demais. correr pelas ruas da cidade completamente nus… Penso que isolados e nus, faz diferença entre em multidões e nus.

Estarmos meio confusos. Será que isso faz parte do sofrimento humano? Aliás, tirar a roupa já virou moda pelo mundo. Ângela Merkel,  presidente da Alemanha, apareceu nua completamente, numa praia europeia quando tinha vinte anos. Está nas capas de grandes revistas pelo mundo.

Precisamos refletir mais em nosso momento atual. Desafio.

Paulo Matos Cruz

soboasnovas
Share
This

Post a comment